Meu querido amigo Chico, você me disse que não entende muito bem a doutrina da Eleição. Quero desde já confortar seu coração no sentido de que você não é o único, muitas pessoas não comprende bem esta doutrina. Por isso, para sua compreensão e compreensão de outros vou tentar mostrar o que precisamos saber sobre a doutrina da Eleição. Mas antes de entrar em um assunto tão delicado como a da eleição é preciso entender o seguinte: A Bíblia foi dada para corrigir nosso modo de pensar. O arrependimento é uma mudança de mente como resultado de uma mudança no modo de pensar. Por isso, não podemos ir à Bíblia como críticos; Ela é quem nos critica. Não podemos ir à Bíblia como se fôssemos infalíveis, mas pela graça, podemos ir humildemente. Não podemos ir à Bíblia com conceitos já estabelecidos, mas devemos ir a ela para tirar dela, fielmente, o que ela quer dizer (isso chamamos de exegese). Que possamos ter atidude[1] certa diante de Deus. Quero te convidar a analisar com carinho tudo que analisei para poder te responder (seja Bereano). O texto é meio longo, mas vamos lá.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A DOUTRINA DA ELEIÇÃO?
A primeira coisa importante que você deve saber é que o verbo eleger ou escolher (no hebraico bachar; e no grego eklegomai) exprime a idéia de selecionar ou escolher alguma coisa ou alguém dentre um dado número de alternativas disponíveis. A palavra "eleito" significa basicamente “escolhido de dentro de determinada massa ou grupo”. O termo é muito comum na bíblia grega, designando “aqueles que Deus separou de dentro da grande massa humana, trazendo para junto de si”. O ser eleito é um título privilegiado. Mas nunca esqueça que, privilégio sempre vem acompanhado de responsabilidade, ou seja; eleição é eleição para alguma coisa. Quando a Bíblia fala de eleição, não usa somente com a idéia de separar um povo para salvação, mas sim utiliza com outros sentidos diferentes onde Deus, a igreja e o Reino são servidos pelos frutos da eleição.
A segunda coisa que você precisa saber é sobre os vários sentidos que a Bíblia usa a palavra “eleição”:
A - Eleição ou escolha às vezes é usado na Bíblia com referência de indivíduos para um cargo-oficio ou para realização de algum serviço especial.
É usado no sentido concernente a Saul: Então disse Samuel a todo o povo, vejam a quem o Senhor escolheu? Então todo o povo rompeu em gritos, exclamando: Viva o Rei! (I Sm 10:24) Se Saul foi salvo ou não, não tem nenhuma relação sobre esta eleição ao cargo do reino por Deus.
É usado no sentido concernente aos apóstolos. Jesus disse a eles, não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo. (Jo 6:70). Perceba que ser eleito por Jesus, ao cargo de apóstolo não tem nada a ver com salvação. Pois sabemos que onze destes homens foram salvos e um perdido. A estes poderiam ser adicionados muitos exemplos de Deus escolhendo para um cargo. Veja Ciro, Nabucodonosor, e outros;
É usado no sentido de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa” (I Pe 2:6). A eleição de Cristo refere-se ao Seu cargo-oficio de Profeta, sacerdote e Rei e não para a salvação (ele não precisava ser salvo).
B - Eleição é algumas vezes usada em referência a privilégio ou serviços especial.
- Há eleição de Israel[2] como povo para privilégios e serviço especial (Ex.19:5,6; Dt.4:37; 7:6). Vemos Deus elegendo uma nação particular para ser aquela nação que seria sacerdote de Deus em prol das outras nações. Israel seria intercessor entre Deus e as nações do mundo. Deus escolhe Israel, e Israel foi escolhido para: a) revelar Deus as outras nações(Rm.3:2); b) ser instrumento contra a idolatria (Dt.7:25) ; c) moralmente, ser a luz da nações (Is.43:10). O propósito de Israel era: a) ser receptor da revelação divina ao mundo; b) ser canal pelo qual o messias iria dominar e abençoar as nações; c) ser servo, testemunha de Deus entre as nações. Israel era para servir de sacerdote a outras nações – representar Deus às nações. Que privilégio para eles! Que bênção! Eles não mereciam isso mas foram eleitos por Deus, Ele próprio, habitou no seu meio. Eles foram escolhidos para isso por Ele em graça, mas só o remanescente foi eleito para salvação e não a nação toda;
- As vezes é utilizado no sentido de privilégios especiais em relação aos anjos de Deus. “Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade” (I Timóteo 5:1). Em Judas 6 aparece muitos privilégios e bênçãos especiais para o qual anjos são eleitos. Perceba que é uma eleição para privilégios, pois Cristo nunca promoveu por eles a salvação. Eles levam uma mensagem de Deus às pessoas como é visto no caso de Daniel (Daniel 9:21), José (Mateus 1:24), Zacarias (Lucas 1:13), Maria (Lucas 1:30) e muitos outros. Esta é a eleição deles.
- E as vezes se refere a Eleição de indivíduos para serem filhos adotivos de Deus e herdeiros da glória eterna ou eleição para salvação (II Ts 2:13; II Timóteo 2:10; I Pedro 1:2). E é da eleição para a salvação que vamos nos deter e trabalhar.
A terceira coisa importante que você precisa saber é sobre os aspectos gerais da doutrina da eleição:
3.a) A doutrina da eleição fala dos mistérios, atos e propósitos soberanos de Deus e é um daqueles assuntos difícil[3] de se entender completamente[4], tal como é a doutrina da trindade, a união das naturezas de Cristo, a expiação e os mistérios da providência de Deus. Mas isso não significa que ela não é verdade ou tão pouco de Deus. Pelo contrário, este fato constitui uma prova de que a doutrina é de Deus, porque o homem não pode, com sua mente finita, penetrar a totalidade da doutrina (Is.55:8,9). Devemos entender também que a doutrina da eleição é uma revelação divina e não uma especulação humana e nem uma coisa inventada pelo homem[5] e tão pouco satanás. Esta doutrina está revelada na Bíblia toda e foi Deus quem o colocou lá;
3.b) A doutrina da eleição é aceita e pregada somente pelos reformados calvinistas. Os arminianos não gostam, não aceitam e nem pregam a eleição. Para amar esta doutrina é preciso que o trabalho regenerador do Espírito Santo e da Palavra de Deus, ensinada pelo Espírito, seja real nessa pessoa, porque cada homem é um arminiano por natureza;
3.c) A doutrina da eleição não pode causar espanto, constrangimento e nem tão pouco problema, embaraço ou rejeição[6], porque:
1) A doutrina da divina eleição, segundo o mui sábio conselho de Deus, foi pregada pelos profetas, por Cristo mesmo, e pelos apóstolos. Ela está tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento. Portanto, toda a Bíblia fala de um povo eleito (Dt.7:6; Sl.33:12; Is. 41:,8,9; 65:9,22; Mt.24:22, 24, 31;Mc.13:20,22; Rm.8:32-34;16:13; Ef.1:4, ;Cl 3:12; 2Tm.2:10; Tt.1:1; 1Pe.1:2; 2:9;5:13; 2Jo.1;13; Apc.17:14).
2) Não tem como tirar eleição da Bíblia[7] (veja também estes textos: Rm.9:11;11:5,7,28;1Ts.1:4; 1Pe.1:10);
3.d) A Eleição deve ser ensinada de modo reverente, santo e dependente da instrução do Espírito, para a glória do santo nome de Deus e consolação vivificante do seu povo;
3.e) A eleição não manda ninguém para o inferno, ela tira alguns de lá, ou seja, a eleição não é a causa de ninguém ir para o inferno e nem é a responsável pela perdição dos pecadores, porque eleição é para salvação (2Ts.2:13). Em nenhum lugar a Bíblia diz que Deus condenará alguém ao inferno por que não foi um eleito. Em toda a Bíblia, a causa meritória da condenação não é a doutrina da eleição, mas sim os pecados dos homens. Se os infralapsarianos[8] estiverem certos, a eleição[9] aconteceu levando em conta a queda, a rebelião. Portanto, os perdidos nunca irão culpar a eleição por estarem no inferno, culparão a si mesmos. Foram os seus pecados[10] que os mandou para lá, não a eleição. Foram os seus pecados que os condenaram, e não a eleição. A eleição não prejudica ninguém!

3.f) A eleição é o fundamento e a causa de todas as bênçãos. Ou seja, todas as outras bênção dependem da eleição, pois, a eleição é para a salvação - a maior de todas as bênçãos, as outras são bênçãos subseqüentes; Eleição é o elo da corrente da salvação que começa e termina com a graça de Deus.
A primeira bênção, é que aqueles que foram eleitos, vão ser filhos adotivos. Ef.1:5 diz claramente que os eleitos, foram eleitos para serem adotados em Cristo - “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm.8:17) de todas as benção do reino (“toda sorte de bênçãos”- Ef.1:3);
A segunda benção, é que o eleitos, foram eleitos para experimentarem a redenção e a remissão de seus pecados (Ef.1:7). A benção da dívida paga. A benção do perdão dos pecados e o cancelamento de tudo que era prejudicial a eles(Cl.2:13-15);
E a terceira benção é que os eleitos, foram eleitos para serem habitação do Espírito, receberem o selo de propriedade exclusiva de Deus e estão garantidos (Ef.1:13,14);
Pedro também tem essa ideia de que a eleição nos garantes outras bênçãos. Em 1Pe.2:9, ele coloca o sacerdócio real, a nação santa, o povo de propriedade exclusiva de Deus, derivando da raça eleita - da eleição. Em outra palavra, só somos sacerdotes, separados e exclusivos de Deus, porque fomos eleitos. Paulo também em Rm. 8 fala de outras bênção subseqüentes, são elas: o chamado eficaz; a justificação; e a glorificação.(Rm.8:29-30)
3.g) A eleição não é salvação, mas é para a salvação. O texto de II Tess.2:13 diz: "por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação". Ou seja, a eleição precede a salvação, a eleição é para a salvação. Em outras palavras, os homens são salvos quando crêem em Cristo, não quando são eleitos. Veja I Cor. 1:29 e II Tess. 2:13-14. Devemos entender que a eleição não salva ninguém. Devemos compreender que o decreto da eleicao em si e de si mesmo, não causa qualquer mudança na vida do pecador. Paulo em 2Tm.2:10 diz que havia no seu tempo muitos eleitos que ainda não eram salvos. Portanto, a eleicao não salva, ela somente marca pecadores particulares para a salvação (a eleição é a raiz da salvação). Perceba que aqueles escolhidos pelo Pai e dados ao Filho tinham de ser redimidos para serem salvos (Jo.6:37,44,45,65). Para assegurar a redenção deles, Jesus veio ao mundo e tomou os pecados deles. E eles são salvos, não por aquilo que eles fizeram ou farão, mas sobre a base da obra redentora de Cristo. A Bíblia ensina que Cristo veio ao mundo para salvar todos aqueles que crêem (Jo.3:15-16). E todas as pessoas que nEle crêem são aquelas que o Pai tem dado a Cristo (Jo.6:37,44;17:2,6,9,12 (veja também quem vai crer: 2Ts.3:2;Tt.1:1; Jd.1:3; At.13:48; Jo.10:26 Cf.8:42-44,47). E Jesus foi enviado ao mundo pelo Pai para salvar as pessoas que o Pai lhE deu (Jo.17:2, 6, 9,12,19,20,24,25);

3.h) Apesar da eleição não salvar, (porque é para a salvação), todos os escolhidos pelo Pai e dados a Cristo serão salvos. Jo. 6:37 diz: “aqueles que o Pai meu deu, estes virão a mim e os que vem a mim de modo algum lansarei fora”. Perceba então que, só virá a Cristo os que foram dados a Ele, e nenhum deles se perderão. Ou seja, todas as pessoas por quem Cristo sacrificou-se serão salvas infalivelmente. Em outras palavra, Eleição não salva, mas assegura a salvação! Porque todos os eleitos serão salvos[11];

3.i) A eleição não é apenas para salvação, mas para santidade de Vida. Devemos saber que Deus nos escolheu para sermos santos e irrepreensíveis perante ele. Ou seja, eleição é privilégio, mas todo privilégio vem acompanhado de responsabilidade;

3.j) A doutrina da eleição não pode causar em nós irritação, perturbação ou indignação, pois, para o apóstolo Paulo:
a) Algumas vezes; a idéia de eleição o levou a louvar a Deus dizendo: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que... nos escolheu nele antes da fundação do mundo...(Ef.1:3);
b) Outras vezes, Paulo, trás à tona o assunto da eleição afim de infundir certeza e encorajamento (conforto) nos crentes dizendo: quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Quem os condenará? (Rm.8:33);
c) E também algumas vezes, Paulo fez da eleição uma base para um apelo ético dizendo: revesti-vos, pois, como eleitos de Deus..de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longaminidade... (Cl.3:12 veja também );
Portanto, fica claro que, o ensino bíblico da eleição visa tornar o crente humilde[12], confiante, alegre e ativo. Assim diz a nossa confissão de Fé de Westminster, cap.III: “assim, a todos os que sinceramente obedecem ao evangelho esta doutrina fornece motivo de louvor, reverência e admiração de Deus, bem como de humildade, diligencia, e abundante consolação”.
3.l) A eleição é Incondicional – E é chamada de eleição “incondicional" porque para Deus escolher não depende de qualquer coisa inerente à pessoa, de qualquer ato que a pessoa realize ou crença que a pessoa exerça. Ou em outras palavras, a eleição não está baseada em fé prevista, nem obediência por fé, ou qualquer qualidade requerida para ser escolhido. Somos escolhidos por Deus para salvação, independente de qualquer mérito de nossa parte. E sua escolha não está baseada em qualquer condição ou qualificação que a pessoa tenha. Sua escolha se fundamenta em si mesmo. Ele escolhe livremente, independente de qualquer condição em nós. Os textos que fundamentam esta idéia são: Rm.9:14-18; At.13:48; Jo.10:26; Ef.1:4-5;2Pe.1:10). Mas os arminianos[13] dizem que a eleição foi porque Deus previu que certos homens iam se arrepender e crer; Porque certos homem iam obedecer, e por que certos homem iam ser santos. Respondemos: Em primeiro lugar, como pode Deus prevê que certos homens iriam se arrepender, crer ou ter fé, se tanto o arrependimento (At.5:31; 2Tm.2:25) destas pessoas, quanto a fé[14] delas, depende de Deus? (fé é dom de Deus – Rm.12:3, At.3:16; Hb.12:2). Outra coisa importante, a escritura diz que só crer os que foram destinados para isto (At.13:48). Por isso, fica claro que não fomos eleitos por causa da nossa fé, mas temos fé porque fomos eleitos (Tt.1:1) - veja que a fé não é a causa, é de fato, a conseqüência da eleição; Em segundo lugar, a teoria arminiana inverte a ordem das escrituras, porque a Bíblia não ensina que fomos eleitos por causa de nossa obediência. Não fomos eleitos porque Deus previu a nossa obediência, pelo contrário, fomos eleitos para obedecer – “eleitos para obediência” diz o texto de 1Pe.1:2; Jo.15:16. Também não fomos eleitos porque Deus previu que íamos ser santos, mas fomos eleitos “para sermos santos[15]” (Ef.1:4) Isto emerge especialmente em Efésios 1. Deus escolheu um povo, não porque eles fossem santos, mas Ele os escolheu para que pudessem ser santos. Sua eleição traz santidade. As boas obras são os frutos, e não as origens, da eleição. Qual padrão foi usado por Deus para nossa eleição? “De acordo com a santidade das pessoas?” “De acordo com a fé das pessoas?” “De acordo com as suas boas obras?” Nunca. “De acordo com o beneplácito de sua própria vontade” Ele escolheu um povo. Veja que fomos eleitos de antemão não por causa de nossas boas obras, pelo contrário (Ef.2:8-10). Portanto, fica claro que não se pode basear a eleição em obediência, obra, e santidade prevista, porque tudo isso é resultado da eleição, e não causa;

3.m) A eleição é Irresistível ou eficaz. Jo.6:37 é claro em dizer que aqueles que foram dado pelo pai a Jesus, esses virão (voluntário e espontaneamente, não forçado). Não tem jeito de não vir. A Bíblia também declara inequivocamente que nada e ninguém pode frustar os propósitos de Deus (Jó. 42:2; Is. 14:24; 46:10). É irresistível porque nada se opõe à vontade divina.
3.n) A eleição nos trás conforto, segurança e certeza. O cristão necessita saber que sua fé descansa completamente sobre a obra de Deus e não sobre o fundamento inseguro de qualquer coisa. Esta doutrina nos ensina que salvação depende somente de Deus e, portanto, não pode falhar nunca e que o salvo está seguro (Jo.6:37;10:27-29). Esta doutrina nos dá a certeza exultante da vida Eterna. Perceba que foi a visão correta dos propósitos eletivos de Deus que levou Paulo a exclamar: “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Quem os condenará? Quem nos separará do amor de Deus? Somos mais que vencedores e eu estou bem certo de que nada pode me separá do amor de Deus (Rm.8:30-39)”;

3.o) A eleição é um estímulo à humildade e não um motivo para o orgulho. Spurgeon[16], o grande pregador inglês e batista, disse certa vez: “a doutrina da eleição é a doutrina que mais humilha o ser humano por afastar toda confiança na carne ou todo apoio em qualquer coisa. Os salvos só foram salvos unicamente por causa da graça de Deus em Cristo. Não fora a graça, todos estariam perdidos”. E disse Mais “Amigos, se vocês querem ficar humildes, estudem a eleição, pois ela os fará assim, sob a influência do Espírito de Deus. Quem se orgulhosa de sua eleição, esse não é eleito; e quem se humilha por considerá-la, esse pode crer que foi eleito. Este tem toda razão para acreditar que é, porque esse é um dos mais abençoados efeitos da eleição, o de nos fazer humildes perante Deus” (vê p.192, predestinação).
3.p) Eleição é obra do Pai. Vejamos isto:
3.p.a - A eleição é uma bênção procedente do Deus Pai:
3.p.a.1) Ef. 1 4 diz que foi o Deus Pai que nos escolheu. Portanto; Deus, o Pai é o autor da eleição. Não fomos nós quem escolhemos a Deus, Ele é quem nos escolheu; Marcos 13:20 fala do ELEITO, a quem Ele ELEGEU, traduzido em nossa versão: "...por causa dos eleitos que Ele escolheu". A palavra eleição está associada com Deus e não com o homem. A base da eleição não está nos escolhidos, mas em Deus. Deus é quem escolhe. Seu povo são os escolhidos. Eleição é trabalho de Deus Pai, e de acordo com o Seu plano[17] que existe antes da fundação do mundo (Jo.6:37;44,65; Ef.1:4);;
3.p.a.2) Ef. 1:5 diz que Deus Pai nos escolheu para Si, de acordo com o seu beneplácito (v. 5). portanto, eleição é um ato da sua benevolência soberana; eleição é uma expressão da vontade soberana e do beneplácito divino. A eleição está baseada nos mistérios insondáveis da vontade de Deus;
3.p.a.3) Ef.1:4 diz que Deus Pai nos elegeu em Cristo. No tempo o Pai nos abençoou em Cristo. “assim como nos elegeu nele desde toda a eternidade”;
3.p.a.4) Ef.1:5 diz que o Deus Pai nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo – na eternidade;
3.p.a.5) Ef.1.6. Diz que Deus Pai nos escolheu em Cristo para sermos santos[18] e irrepreensíveis; Fomos eleitos para a santidade e obediência (1Pe.1:2) – o v.6 fala também do propósito final da eleição que é: o louvor da sua glória;
P.b - A eleição é um ato soberano de Deus pai.
Vemos claramente isto: é Deus que escolhe quem vai ser salvo, quem vai os salvar, e qual será o meio de salvar. Por exemplo:
p.b.1)A Escritura é clara em dizer que fomos escolhidos em Cristo, isto é, para sermos salvos pela mediação de Cristo. Perceba que, a escolha foi dupla: primeiro ele nos escolheu para sermos salvos por Cristo (Ef. 1:5; 1Pe.1:2); e segundo, Ele nomeou - escolheu Cristo para torna-se homem e ser o nosso salvador (1Tm.1:10;1Pe.1:20);
p.b.2) É Deus também quem escolhe o método pelo qual haverá de salvá-los (Rm.8:30). Eles serão salvos por serem divinamente chamado, - aos que predestinou, a esses também chamou-(chamou mediante o evangelho -2Ts.2:13). Por isso precisamos pregar! (Rm.10:17). Então é falsa a idéia que diz: se já foram eleitos, prá que evangelizar[19]? Perceba então que, a eleição não solapa o evangelismo, pelo contrário, reforça, pois a eleição provê a única esperança do evangelismo ser bem sucedido em seu alvo. Pois vemos nas escrituras estas verdades:
p.b2.a) O homem natural não aceita as coisas do Espírito e não entende-as (1Co.2:14). Sendo assim, o evangelho jamais impressionará o homem natural, e ele nunca virá a fé. É por isso, que a Escritura é clara em dizer que, as únicas pessoas que Deus chama são as eleitas (Jo.6:37; 44, 65);
p.b2.b) O texto de Rm.8:30 diz: aos que predestinou, a esses também chamou. Portanto, se não houvesse eleição, não haveria chamamento, não haveria conversões, e toda atividade evangelística fracassaria;

P.C- A eleição está enraizada na natureza de Deus (Ex.33:19). Portanto:
p.c.1) Assim como Deus é soberano[20], a eleição é uma expressão da vontade livre[21] e soberana de Deus. Em outras palavras, Deus é livre para escolher e escolhe quem ele quer (Mc.3:13,Mt.20:25). É por isso, que Paulo diz: “não depende de quem quer, mas de Deus usar a sua misericórdia” (Rm.9:16); e em Ef. 1:5 Paulo diz que Ele fez isto segundo o beneplácito[22] de sua vontade; alias a dutrina da elelicao tem duas funções; primeiro, restrigir a independência humana e a justiça propria; segundo, demonstrar que, ao outorgar favor, Deus e perfeitamente livre (2Tm.1:9);
p.c.2) Assim como Deus é gracioso, a eleição é um ato da graça de Deus. Em Rm.11:5,6, Paulo apresenta a eleição com um ato da graça (favor, benefício de Deus. Ele diz: “A eleição vem pela graça” e a graça exclui o mérito humano de maneira absoluta. Eleição é produto da bondosa graça de Deus;
p.c.3) Assim como Deus é Imutável[23], a eleição é imutável (Jó.23;13; Is.46:10). ela é duradoura, não muda, permanece sempre a mesma, mesmo a despeito da infidelidade das pessoas eleitas; Assim como Deus é imutável no seu ser e naquilo que decide fazer, a eleição não pode ser cancelada, alterada, revogada ou anulada, nem mesmo podem os eleitos ser rejeitados, ou o número deles ser diminuído;
p.c.4) Assim como Deus é Eterno, a eleição é eterna (Rm.8:29; Ef.1:4; IITm.1:8,9). Isto é, desde toda eternidade e para toda eternidade; a eleição tem lugar na eternidade[24](eterno em sua concepção). Deus vos escolheu desde o princípio para a vida eterna (2Tes.2:13)";
p.c.5) E assim como Deus é justo; a eleição também é justa. Muitos fazem objeções a eleição porque pensam que ela torna Deus injusto. E nós respondemos: primeiro, eleição na Bíblia nunca é apresentada como uma questão de justiça, mas sempre é apresentada como fruto da bondosa graça de Deus (Rm.11:5,6) e de sua misericórdia[25]. O dr. Herbe Campos também diz que “Eleição não é uma questão de justiça, mas é uma demonstração do amor soberano de Deus, e Ele resolve amar a quem quer porque o amor não é uma dívida dele para com os seres caídos” (p.259 - Ser de Deus); Segundo, Paulo já respondeu esta questão em Rm.9:13-18; Terceiro, Deus só seria injusto[26], se Ele tivesse obrigação para com todos os homens ou se todos os homens fossem inocentes. Portanto, esta objeção faz da eleição uma obrigação divina. E nega o direito do oleiro sobre o barro da mesma massa, de fazer um vaso para honra e outro para desonra (Rm.9:21). Em quarto lugar, a eleição sempre é apresentada levando em conta a rebelião, a queda, e como algo não merecido. Se fosse merecido, então Deus seria injusto[27], se não a desse a todos os homens. Mas como todos são pecadores e nada merece de Deus, quando Deus resolve eleger alguns e preterir outros, isto não faz de Deus um injusto (Mt.20:15);
A Quarta Coisa Importante que você precisa saber é sobre os PROPÓSITOS da eleição
Sempre que a Bíblia falar de eleição ou de predestinação devemos saber que essa verdade sempre virá acompanhada de uma conjunção (Rina) ou preposição (Eis) grega de causa ou finalidade, indicando que fomos eleitos “para”. Nunca a Bíblia apresentará esse grande privilégio sem as responsabilidades dos homens eleitos. Por isso devemos entender que:
A – Fomos eleitos para uma vida de Santidade. Em outras palavras, eleição é um incentivo à santidade e não uma desculpa para o pecado; "Se sou um dos Seus eleitos. Isto vai me levar a pensar assim: Sou escolhido de Deus e precioso ao seus olhos. Sou propriedade exclusiva de Deus e ele me escolheu para ser santo e irreprimíveis. Deus me escolheu "pela santificação do Espírito e fé na verdade. Me escolheu para o louvor de sua glória. A eleição nos fará santos. Nada debaixo da graciosa influência do Espírito Santo pode fazer um cristão mais santo do que no momento em que ele pensa ser escolhido. "Devo eu pecar", ele diz, "depois de Deus ter me escolhido? Devo eu transgredir diante de tal amor? Devo eu me desviar diante de tal afeto e misericórdia compassiva? Pelo contrário, meu Senhor; desde que me escolhestes, amar-te-ei; para ti viverei. A consciência e a certeza desta eleição fornecem diariamente aos filhos de Deus maior motivo para se humilhar perante Deus, para adorar a profundidade de sua misericórdia, para se purificar, e para amar ardentemente Aquele que primeiro tanto os amou.
B – Fomos eleitos para as boas obras. Eleição é um incentivo à fazermos algumas coisas e não ao relaxamento, a preguiça, a irresponsabilidade ou ao ficar de braços cruzados. Veja que os textos que falam de eleição, dizem que fomos eleitos para alguma coisa. Por exemplo: a) João 16:15 diz que fomos eleitos para dá frutos; b) Paulo em Efésios 1:4 diz que fomos eleitos para sermos santos e irrepreensíveis; c) Paulo em Ef.2:10 diz que fomos eleitos para as boas obras que Deus preparou de antemão; d) Pedro em 1Pe.1:2 diz que fomos eleitos para obedecer; e) e Pedro ainda em 2:9 diz que fomos eleitos para proclamar, cf também - Eleitos para Proclamar)
C – Fomos Eleitos para proclamar. O texto de 1Pe.2:9 diz: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Perceba que o sacerdócio real, a nação santa e a propriedade exclusiva deriva da eleição. Em outra palavra, só somos sacerdotes, separados e exclusivos de Deus, porque fomos eleitos. Deus nos elegeu. Pedro, no primeiro capitulo e verso um diz que, está escrevendo aos eleitos que são forasteiros da dispersão; aos que foram eleitos para obedecerem. Paulo escrevendo aos efésios diz que eles foram escolhidos antes da fundação do mundo para louvor de sua glória. Perceba que fomos eleitos para alguma coisa, não fomos eleitos para ficar de braços cruzados ou para esquentar bancos. Mas fomos eleitos para proclamar Cristo. Entenda de uma vez por todas que eleição é privilégio, mas privilégio com responsabilidade, porque sempre somos eleitos para alguma coisa. Portanto, Deus te escolheu sim, mas agora, você tem uma missão e essa missão é pregar o evangelho (Mc.16:15, Mt.28:19). Mas algumas pessoas não entendo isso, a vezes dizem: para que pregar se eles foram eleitos? E nós respondemos, o Deus que escolheu as pessoas, também é quem escolhe o método pelo qual haverá de salvar os escolhidos, é por isso que em Rm.8:30 Paulo diz: “aos que predestinou, a esses também chamou-(chamou mediante o evangelho -2Ts.2:13). Por isso precisamos pregar! (Rm.10:17). O rev. Samuel Falcão falando contra esta objeção de não pregar porque já foram eleitos mesmo, ele diz: Esta idéia é tola porque a) não sabemos quem são os eleitos; b) a ordem de Cristo é pregar a toda criatura (Mc.16:15); c) Aquele que decretou a eleição, também decretou os meios, e os meios que Ele estabeleceu para alcançar os eleitos foram: a pregação, a intercessão e todos os meios de Graça. Por isso, o pregador precisa anunciar a mensagem, o pecador precisa ouvir e crer (mediante a operação do espírito), depois o processo continua na obra de nossa santificação (2Ts.2:13) e até mesmo nossas boas obras foram preparadas de antemão para que andássemos nelas (Ef.2:10). Portanto, não sabemos quem são os eleitos, mas sabemos que a pregação do evangelho e nossas orações intercessórias são meios que Deus incluiu em seu decreto para a realização dos seus planos. (vê p. 142, Predestinação). E eu acrescento: os eleitos foram eleitos para proclamar (1Pe.2:9). Eleger pertence a Deus e a nós o pregar o proclamar. Perceba então que, a eleição não solapa o evangelismo, pelo contrário, reforça, pois a eleição provê a única esperança do evangelismo ser bem sucedido em seu alvo. Pois vemos nas escrituras estas verdades: a) O homem natural não aceita as coisas do Espírito e não entende-as (1Co.2:14). Sendo assim, o evangelho jamais impressionará o homem natural, e ele nunca virá a fé. É por isso, que a Escritura é clara em dizer que, as únicas pessoas que Deus chama são as eleitas (Jo.6:37; 44, 65); b) O texto de Rm.8:30 diz: “aos que predestinou, a esses também chamou”. Portanto, se não houvesse eleição, não haveria chamamento, não haveria conversões, e toda atividade evangelística fracassaria; Também em Pedro vemos isso claramente que sem eleição não haveria sacerdócio real, não haveria pessoas separadas como propriedade exclusiva de Deus e nem tão pouco proclamação, porque eleição é para proclamar. Por isso, não negligencie a obra que Deus te escolheu, chamou e colocou em suas mãos para fazer. Que possamos entender de uma vez por todas que Deus nos elegeu e nos chamou para libertar os cativos de satanás; para proclamar libertação; para restaurar vidas; para resgatar vidas da lama; para mostrar o caminho; para dar esperança àqueles que estão sem Deus e sem esperança neste mundo (Ef.2:12)
D – Eleitos para glorificar a Deus. A Bíblia diz que tudo que Deus faz, Ele o faz para sua própria glória. É por isso que a Bíblia diz que fomos criado para a glória de Deus, para manifestar a sua glória (Is.43:7; Sl.86:9). Da mesma forma, a Bíblia também diz que, Deus nos elegeu para o louvor de sua glória (Ef.1:6,12,14). Portanto, o eleito deve entender que foi eleito para glorificar a Deus em tudo (1Co.6:20; 10:31; Mt.5:16; 1Pe.4:11). Este é o propósito maior da Eleição!
Veja o que diz o Rev. Hernandes Dias Lopes sobre os propósitos da Eleição:
1. Santidade – v. 4 - Enganam-se aqueles que pensam que a doutrina da eleição promove e estimula uma vida relaxada. Somos eleitos para a santidade e não para o pecado. Somos salvos do pecado e não no pecado. Jesus se manifestou para desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8). Uma pessoa que se diz segura da sua salvação e não vive em santidade está provando que não é eleita. A Bíblia diz que devemos confirmar a nossa eleição. Muitos pervertem a doutrina da eleição para a sua própria ruína, quando afirmam: “Eu sou um eleito de Deus”, mas tem se assentado no ócio e com ambas as mãos têm praticado a iniqüidade. Aqueles que não são santos não podem ter comunhão com Deus nem jamais verão a Deus. No céu, só os santos vão entrar. Uma pessoa que não ama a santidade não suportaria o céu.Spurgeon argumentava: Por que você reclama da eleição divina? Você quer ser santo? Então você é um eleito. Mas se você diz que não quer ser santo nem viver uma vida piedosa, por que você reclama não ter recebido aquilo que não deseja?2. Irrepreensibilidade – v. 4 - Sem qualquer espécie de mancha. Era a palavra usada para um animal apto para o sacrifício perfeito. A eleição tem como alvo nos levar a uma vida limpa, pura, santa. Somos a noiva do Cordeiro que está se adornando para ele. Não somos escolhidos para vivermos na lama, mas escolhidos para vivermos como luzeiros do mundo e apresentar-nos a Jesus como a noiva pura, santa e sem defeito.A eleição é para um relacionamento íntimo com Deus – v. 5Deus nos predestinou para ele, para a adoção de filhos (v. 5). A escolha divina visa a comunhão com ele. A essência da vida eterna é conhecer a Deus. O fim principal do homem é glorificar a Deus e goza-lo para sempre. Deus anseia por nós com grande zelo. Somos a sua herança. Somos sua raça eleita. Somos sacerdócio real. Somos a menina dos olhos de Deus, a delícia de Deus. Fomos chamados para andar com Deus e refletir sua glória como filhos amados.
3. Comunhão com Deus – v. 5Deus nos predestinou para ele, para vivermos diante dele. Deus não nos escolheu para vivermos longe dele, sem intimidade com ele, sem comunhão com ele. Fomos eleitos para Deus, para andarmos com Deus, para nos deleitarmos em Deus. Ele é a nossa fonte de prazer. Ele é o amado da nossa alma. Na presença dele é que encontramos plenitude de alegria.4. Adoção de filhosDeus nos escolheu e nos destinou para sermos membros da sua própria família. A eleição da graça outorga a nós não apenas um novo nome, um novo status legal, e uma nova relação familiar, mas também uma nova imagem, a imagem de Cristo (Rm 8.29). A adoção é algo lindo. Um filho natural pode vir quando os pais não esperam, ou mesmo quando os pais não querem ou ainda quando não se sentem preparados. Mas a adoção é um ato consciente, deliberado e resoluto de amor. É uma escolha voluntária.Um filho adotivo recebe o nome da nova família e torna-se herdeiro natural dessa família. Somos filhos de Deus. Recebemos um novo nome, uma nova herança.Mas somos ainda filhos gerados por Deus. Somos nascidos do alto, de cima, do céu, do Espírito. Somos co-participantes da natureza divina. Deus nos escolheu para vivermos como filhos amados. “O Espírito de Deus testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.14).5. O louvor da glória da sua graça – v. 6Deus nos escolheu para revelar a suprema beleza e fulgor da sua graça. Nós estávamos perdidos e fomos achados. Nós estávamos mortos e recebemos vida. Nós estávamos afastados das promessas e fomos feito povo de Deus. Graça é o Deus nos dá nós não merecemos. Éramos inimigos, merecíamos a morte, o juízo e a condenação. Mas Deus nos escolheu para nos dar a vida eterna. Essa mensagem exalta a graça de Deus!
E a quinta coisa importante que você precisa saber é sobre as características de um eleito
A grande pergunta das pessoas é: “como posso saber se sou um eleito”? Para Esta pergunta temos duas respostas:
Primeiro, para aqueles que ainda não estão com Cristo a resposta é: não sabemos quem são, por isso é que devemos pregar o evangelho a toda criatura, pois tem muitos eleitos que ainda não foram alcançados;
A segunda resposta é para aqueles que já foram alcançados. Para estes a Escritura fornece uma série de evidencias, caraceristicas para saberem se são ou não eleitos, por exemplo:
a) Os eleitos são reconhecidos pelo seu arrependimento, fé, boas obras ou seus frutos.
a.1) Para Paulo, a eleição é reconhecida na vida dos irmãos de tessalônica devido a fé, a esperança, o amor e a transformação operada pelo evangelho na vida deles (1Ts.1:3-6);
a.2) Para Pedro a maneira que eu confirmo a minha eleição é tendo estas qualidades: virtudes, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor (2Pe.1:10).
Por isso, a pessoas que não se arrepende dos seus pecados e confia em Cristo, que não ora (Lucas 18:7), e que não se empenha nas boas obras não tem o direito de dizer que é um dos eleitos de Deus;
b) Em 2Tes.2:13-14 vemos duas maneiras de se reconhecer um eleito
b.1) Veja que Deus me escolheu para o céu, e para a vida eterna"; mas não se esqueça de que Deus os escolheu "pela santificação do Espírito e fé na verdade". Essa é a eleição divina – eleição para a santificação. Os eleitos entendem que foram feitos propriedades exclusivas de Deus e Deus os escolheu para serem santo e irrepreensíveis (Ef.1:4);
b.2) A outra face da eleição, é a fé, "fé na verdade". Aquele que acredita na verdade de Deus, e acredita em Jesus Cristo (obedece), é eleito. Se tem fé, você é um dos eleitos de Deus.
Portanto, fica claro também que Deus escolheu as pessoas para serem santas, e para serem crentes.
c)Os Eleitos são conhecidos por causa de sua humildade. Spurgeon diz: Quem se orgulha de sua eleição, esse não é eleito; e quem se humilha por considerá-la, esse pode crer que foi eleito. Este tem toda razão para acreditar que é, porque esse é um dos mais abençoados efeitos da eleição, o de nos fazer humildes perante Deus” (vê p.192, predestinação).
Portanto, se você anda no temor do Senhor, crer no Senhor Jesus como Senhor e Salvador, serve ao Senhor, tem frutos e obedece aos seus mandamentos, não tenha dúvida de que seu nome está escrito no livro da vida do Cordeiro, antes da fundação do mundo.

CONCLUSÃO

Quero concluir dizendo que:

1) A eleição divina nos ensina a ser Humildes – porque não fui escolhido por méritos. Por isso os arrogantes não gostam desta doutrina;

2) A eleição divina nos ensina ser Gratos – Estávamos perdidos e mortos e Deus nos amou e nos atraiu com amor eterno, por isso somos gratos a Ele;

3) A eleição divina nos dá Segurança – Aquele que começou boa obra em nós, vai completa-la até o dia final. Aos que Deus Elegeu, chamou e justificou, ele glorificou;

4) A eleição divina nos ensina a Devoção – Devemos honrar àquele que nos amou, nos escolheu, nos chamou, salvou e glorificou.

5) A eleição divina me leva a Adoração – O eleito é convencido de estar aos pés do Senhor e viver para o louvor da glória da sua graça!

6) A eleição divina nos leva Trabalhar com certeza – Devemos entender que Cristo morreu para salvar e não apenas para possibilitar a salvação e como a salvação depende de Deus eu posso crer no sucesso da evangelização.
Que Deus nos ajude a viver como eleitos. Que não negligenciemos a obra que Deus nos confiou, para a glória de Deus e bem nosso, no nome de Jesus, amém! Um forte abraço, Rev. Fran.

NOTA DE RODAPÉ

[1]- A evidência mais real de que uma pessoa é salva, é a atitude certa que ela tem em relação à Palavra de Deus.
[2]O rev. Samuel falcão diz que Deus tinha os seguintes propósitos em escolher a nação de Israel: 1) para manter acesa a luz do mundo; 2) dá a sua revelação por meio deste povo (Rm.3:2); 3) por meio dele enviar o salvador (Jo.4:22) para abençoar outras nações. (vê p.110, predestinação)
[3]- O rev. Samuel Falcão disse: a doutrina da eleição envolve problemas que ninguém é capaz de resolver na vida presente (p.22 do livro predestinação)
[4]-Como disse João Calvino: devemos entender que estamos penetrando nos recessos mais recônditos da sabedoria divina (vê p.23, Predestinação de Samuel Falcão)
[5]-Como disse o rev. Samuel Falcão: “se essa doutrina fosse inventado pelo homem, o homem saberia explicar tudo dela, porque o que o homem inventa pode ser explicado por ele”.(vê p.20, Predestinação, CEP,1989);
[6]- Spurgeon disse: "Parece haver um preconceito arraigado na mente humana contra esta doutrina, e embora a maioria das outras doutrinas seja recebida por crentes professos, algumas com cuidado, outras com prazer, esta parece ser mais comumente negligenciada e rejeitada".
[7]- Spurgeon disse certa vez: nem as mais violentas deturpações da passagem vão ser capazes de exterminar, das Escrituras, a doutrina da eleição.
[8]- Apesar de ter a teoria supralapsarianos, os infralapsarianos parace que estão mais certos (concorda mais com a revelação), apesar de algumas objeções, porque recorrem as passagens nas quais os objetos da eleição aparecem numa condição de pecados em estreita relação com Cristo (Mt.11:25,26;Jo.15:19;Rm.8:28) e esta passagens parece implicar que, no pensamento de Deus, a queda precedeu à eleição (Ef.1:4;3:11- mostra que fomos contemplados como perdidos, do contrário não precisaríamos de um redentor) e em sua ordem de representação dos decretos divinos é menos filosóficas e mais natural e reflete a ordem histórica revelada na escritura (vê p.123, Teologia Sistemática, Louis Berkof) criação - rebelião - e redenção.
[9] -Segundo a teoria dos infralapsarianos a ordem dos decretos seria o seguinte: 1) criar; permitir a cada (ocorre na mente divina); 3) eleger e 4) promover um meio de salvação para os eleitos (vê p.148, Predestinação).
[10]- não existe base bíblica (textual) para afirmar que Deus mandará alguém pro inferno por que ele não foi eleito. Todas as vezes que a Bíblia fala do juízo e condenação eterna dos homens, ela põe como base da condenação os pecados dos homens. Ou seja, Deus nunca apoderá julgar um homem por Ele na elegeu este homem, mas sim, pelos seus pecados...a base da condenação judicial é o pecado da raça e os pecados pessoais de cada homem e não o decreto de Deus (diz João petreceli por MSN).
[11]- O rev. Hernandes Dias Lopes trabalhado este ponto diz: O chamado para a salvação é irresistível– Todos os eleitos, por quem Cristo deu a sua vida, são chamados, justificados e glorificados. As ovelhas de Cristo ouvem a sua voz e o seguem. Todo aquele que o Pai dá a Jesus vem a Ele (vê sermão na internet).
[12]- esta é a doutrina revelada na Bíblia, que honra a Deus e torna o homem mais humilde, diz Dr.
[13]- O dr. Richard Watson escreveu que “a previsão da fé e da obediência de fé, santidade e qualquer boa qualidade ou disposição é a verdadeira base que Deus tem para eleger (vê p.125 do livro – Predestinação
[14]- O dr. Heber diz: “Fé é obra,é fruto da graça de Deus (At.18:27; Fp.1:29) e não há meios para obter a fé à parte da graça de Deus” (vê p.295, Ser de Deus)
[15]- O dr. Heber diz também que: “a santificação é obra da graça de Deus” (vê p.296, Ser de Deus)
[16]-Spurgeon falando da eleição disse: algumas vezes, procurando entender a eleição, tenho me prostrado diante dela e diante disso tenho dito: Senhor, não sou nada, sou menos que nada. Por que escolhestes a mim? A mim? (vê p.192, predestinação
[17]- O dr. A . A. Hodge diz o seguinte: Se Deus governa o universo, Ele deve também, como um ser inteligente, governar-lo de acordo com um plano previamente estabelecido (p.32 - veja também Mt.11:20-26; At.2:22,23). E o dr. Benjamin Wartield diz: Este plano é sábio porque está de acordo com o conselho de Deus. ? um plano bom porque é para a sua glória. ? um plano eterno porque foi concedido antes da fundação do mundo e é um plano poderoso porque ninguém pode anular. (vê p. 31 do livro predestinação). E é um plano só por isso não pode ser alterado ou haver adições (p.56)
[18]-A santidade não é a causa, mas o efeito da eleição. Fomos escolhidos, não porque fôssemos santos, mas para que fôssemos santos. Efésios 1:4. Como já vimos antes, a eleição não foi feita tendo em vista arrependimento e fé previstos. A eleição é a causa de arrependimento e fé, e não o efeito destas graças. Dizer que Deus escolheu homens para a salvação porque viu que eles se arrependeriam, creriam e seriam salvos é atribuir tolices ao Deus infinitamente sábio e não tem base nas escrituras (1Pe.1:2 aqui a eleição é para obediência e não por causa da obediência) .
[19]- O rev. Samuel Falcão falando contra a objeção de não pregar porque já foram eleitos mesmo, ele diz: 1) Esta idéia é tola porque 1) não sabemos quem são os eleitos; 2) a ordem de Cristo é pregar a toda criatura (Mc.16:15); 3) os eleitos foram eleitos para proclamar (1Pe.2:9-Fran) eleger pertence a Deus e a nós o pregar; 4) Aquele que decretou a eleição, também decretou os meios, e os meios que Ele estabeleceu para alcançar os eleitos foram: a pregação, a intercessão e todos os meios de Graça. Por isso, o pregador precisa anunciar a mensagem, o pecador precisa ouvir e crer (mediante a operação do espírito), depois o processo continua na obra de nossa santificação (2Ts.2:13) e até mesmo nossas boas obras foram preparadas de antemão para que andássemos nelas (Ef.2:10). Portanto, não sabemos quem são os eleitos, mas sabemos que a pregação do evangelho e nossas orações intercessórias são meios que Deus incluiu em seu decreto para a realização dos seus planos. (vê p. 142, Predestinação)
[20]- O dicionário define soberano como um que possui suprema autoridade; que exerce suprema jurisdição de poderes; que não está sujeito a nada e que está acima dos outros e domina sobre tudo (veja também ICr. 29:11,12).
[21]-Deus age inteiramente independente em seu Ser e seus Atos (p.64- predestinação)
[22]-Beneplácito quer dizer: boa vontade ou resolução deliberada beneficente (vê p.41-42 Efésios-Introdução e Comentário de Francis Foulkes, Série Cultura Cristã, 1989.
[23]- Disse Agostinho: “Deus não quer uma coisa, para logo mais querer outra; mas aquilo que Ele quer, Ele o quer uma vez por todas e para sempre porque Deus não muda -Sl.102:27; Ml.3:6”...(vê confissões de Agostinho, XII,15)
[24]-A expressão "antes da fundação do mundo" é encontrada em João 17:24, onde fala de amor eterno do Pai pelo Filho, e em I Pedro 1:20, onde se refere à determinação eterna da mente divina, em relação à morte de Cristo. Há muitas expressões semelhantes. Veja Apocalipse 13:8, II Tessalonicenses 2:13 e II Timóteo 1:9. A eleição é ETERNA!
[25]- Falando de Misericórdia, o Dr. Heber Campos diz:.. “Deus não pode jamais deixar de ser misericordioso porque a misericórdia é uma qualidade essencial de Deus, mas a manifestação da sua misericórdia é regulada pela sua vontade soberana. Isso deve ser assim porque não há nada que o obrigue a manifestar misericórdia. Deus não está debaixo da obrigação de manifestar misericórdia a quem quer que seja.. Ele é livre na manifestação da sua misericórdia. Ele a distribui a quem lhe apraz...porque a causa da manifestação da misericórdia divina é a sua vontade soberana.”(vê p.283, Ser de Deus)
[26]- Whately diz: “No decreto da eleição, Deus não pode ser acusado de injustiça ou parcialidade, porque isto só é cabível quando uma parte tem o que exigir de outra. Se Deus fosse obrigado a perdoar e salvar o mundo inteiro, seria parcial e injusto se salvasse apenas alguns e não a todos”(vê p.186, predestinação)
[27]-A salvação não é um assunto de justiça, mas de misericórdia. Não foi o atributo de justiça que levou Deus a providenciar a salvação, mas o atributo da misericórdia. A justiça é simplesmente cada homem receber o que merece. Os que vão para o inferno não vão culpar ninguém, a não ser eles mesmos, enquanto que os que vão para o céu não vão louvar ninguém a não ser a Deus, diz o Dr. C. D. Cole em: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/cdcole/micelanea/cap02.html

Escrito por Francivaldo Ferreira Pinheiro, em 21 de out. de 2009
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